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Origin - "Omnipresent" Review


Com "All Things Dead" a explodir nas colunas, uma coisa torna-se imediatamente clara, os Origin estão de volta. Com guitarradas ultra brutas e ultra técnicas, acompanhadas por um baixo discreto mas sempre presente e uma bateria estupidamente versátil e também bruta e técnica, finalmente os fãs do death metal brutal e técnico podem ficar descansados, pelo menos durante os trinta e cinco minutos que dura "Omnipresent". Parece pouco mas perante o nível de notas a serem debitadas, talvez seja a quantidade de tempo ideal, já que o cérebro humano não deve ser capaz de aguentar mais.

Não fosse a abertura de "Manifest Desolate" e ficava-se com a sensação de que o foco da banda agora tinha ido exclusivamente para a parte do brutal e esquecido a parte técnica. Esta faixa, além de ser bem técnica, é também um grande tema de metal. Se haviam muitos que lhes apontavam o defeito de deixarem a arte de fazer músicas para trás, focando apenas a arte de serem virtuosos e evidenciarem essas virtuosidades na hora de compor, esta faixa concilia as duas de forma perfeita, numa das melhores do disco.

Para ajudar a dinâmica - algo que por vezes escasseia neste tipo de propostas - têm-se três faixas instrumentais na figura de "Permanence", "Continuum" e "Obsolescence", que além de se enquadrarem e fluírem muito bem com as faixas seguintes, acabam por trazer uma lufada de ar fresco que o álbum agradece. O death metal técnico pode cair na armadilha de soar técnico demais e portanto aborrecido para todos os que não são músicos e aqui, isso não acontece. Pelo contrário. É um álbum que depois de finalizado, apetece ouvir vezes sem conta. Ou seja, os Origin não perderam nem um pouco do seu poder. Incrementaram-no.


Nota: 8.6/10


Review por Fernando Ferreira