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Reportagem: Architects, More Than A Thousand, Martyr Defiled e The Year @ ADAC, Pombal - 22/06/2014


No passado dia 22, terminou a HEAD UP! For The Summer Tour ’14 de Architects, More Than a Thousand, The Year e Martyr Defiled, no terceiro dia de concerto em Pombal, na ADAC. 

A noite começou por volta das 19 horas com os britânicos Martyr Defiled, que lançaram o seu álbum No Hope. No Morality ainda este ano. A sua atitude em palco era descontraída, puxando fortemente pelo público e tentando assim aquecer a malta. Estes rapazes de Lincoln são qualquer coisa de fenomenal: apresentam uma pujança tremenda no seu espectáculo ao vivo, dão tudo e mais alguma coisa quando estão em palco. As partes mais agressivas e rápidas são como uma valente chapada na cara mesmo para o público acordar. Destacaram-se músicas como a Nemesis, Deathstare e 616, conseguindo eles alcançar algum feedback do público para cantar com Matthew Jones, o vocalista.

Mais tarde, cumprindo religiosamente o horário, temos os pombalenses The Year. Com o público mais liberto, estes meninos conseguiram uns poderosos coros por parte do público e uma envolvência maior, até porque estavam a tocar na sua terra! As músicas estavam bem ensaiadas pelo público. Para mim, foi uma enorme surpresa, têm uma energia em palco contagiante! Depositaram imenso esforço no seu espectáculo e isso reflectiu-se na forte presença que mostraram. 


Por volta das 20h30 temos os More Than a Thousand. Apesar do calor tremendo que fazia na sala da ADAC, mal entraram em palco, o público, que esperava ansiosamente, recebeu-os de forma calorosa. Começaram com a Cross My Heart, que, obviamente, foi engolida pelo coro do público. Apesar de alguns problemas técnicos, Vasco Ramos entreteu bem o público da ADAC e o concerto foi-se tornando cada vez mais intenso. As duas últimas músicas foram Roadsick e No Bad Blood, trazendo assim o clímax do seu show. 



Por volta das 21h40, os tão esperados Architects sobem ao palco. Sem dúvida que foi um delírio! Suor por todo o lado, singalongs, stagedives, não faltaram em nenhuma música. A sua setlist foi variada, começando com um tema do seu novo álbum Lost Forever // Lost Together, Gravedigger. Puxou imediatamente para moshe e para aquela fascinante e típica brutalidade que nos faz estremecer quando vemos uma banda ao vivo. Alpha Omega, Early Grave e Broken Cross foram alguns dos temas tocados. Curiosamente, Sam Carter, o vocalista da banda fez questão de não fazer a típica cena de fingir que o concerto acaba e depois regressam para o encore: o jogo de Portugal com os EUA ia começar entretanto e Sam disse “We want to see this game as much as you do”. Foi um concerto em que toda a gente ficou rendida perante tal destruição. Aliás, todas as bandas estiveram à altura, foi uma noite memorável. Mesmo quem não gostasse de metalcore, seria inevitável de afirmar que todas as bandas deram espectáculos impressionantes e notáveis. 


Texto por Sara Leitão
Fotografia por Afonso Aguiar
Agradecimentos: Head Up! Shows