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Violation Wound - "Violation Wound" Review


Quando Chris Reifert, monstro do death metal principalmente pela sua passagem pelos Death e pela sua liderança nos Autopsy, anunciou que ia ter um novo projecto que misturava punk rock e death metal, na mente do fã a imagem sonora que ficou não foi, de certeza, muito longe do que se pode ouvir nesta estreia auto-intitulada. Misturando a simplicidade dos Ramones e a produção suja dos Autopsy, Violation Wound é uma autêntica homenagem à sonoridade punk que conquistou a América do Norte e posteriormente o mundo, sem grandes complicações e sobretudo, prepotências.

O resultado final acaba por ser o resultado de uma soma entre as duas entidades, ficando uma espécie de hardcore enegrecido e bastardo, que traz memórias nostálgicas para os apreciadores de bandas como Discharge, Rattus e GBH, nomes clássicos do género. São dezoito músicas em pouco mais de vinte e seis minutos e como muitas propostas deste genéro, se não se gostar mesmo muito, vai passar completamente ao lado, mas basta mais uma audição atenta para tomar-se conta de todos os valores que a proposta tem.

Autênticos petardos como “Don’t Believe It” - que com um sugestivo e alegre "Hello, Fuckers" dá as boas vindas aos fãs - , “Disposable Souls“ e "Circle Of Wounds” conseguem misturar a leveza à la Ramones, como mencionado peso hardcore dos Discharge e é esse o seu maior trunfo. De algo que parece impossível de atingir, variedade e dinâmica, "Violation Wound", cativa pela surpresa (solos de harmonica na "Glue Trap" é apenas um pequeno exemplo) e pela eficácia. Se lhe derem hipótese, é um álbum extremamente viciante, mais, bem mais, do que o expectável.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira