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Asia - "High Voltage" Review



O primeiro (e provavelmente único) álbum ao vivo dos Asia com a formação original será, por si só, motivo forte o suficiente para justificar este lançamento, mas a verdade é que acaba por ter um sabor amargo. Como sempre, apenas podemos falar do suporte áudio, já que não tivemos acesso ao dvd deste lançamento da Frontiers. Gravado em 2010, em Londres, no festival High Voltage, daí o nome do álbum, onde os fãs da banda tiveram a oportunidade única de ouvir por inteiro, o álbum de estreia, auto-intitulado, lançado em 1982 e que acabou por ser o álbum que mais vendeu nesse ano.

O que será perfeito para os fãs hardcore da banda e principalmente para quem esteve lá, para os restantes poderá passar completamente ao lado. Para já, e aquilo que salta logo ao ouvido, é que a qualidade sonora não favorece o entusiasmo. Apesar de todos os instrumentos soarem de forma cristalina, falta algum calor, alguma vida a esta gravação. Não é nada que se distancie demasiado do original, mas ainda assim, para os dias de hoje, é um som que soa demasiado frio, demasiado… impessoal, se e é que lhe podemos chamar assim. Por outro lado, existe a surpresa do alinhamento, não seguindo a ordem original do álbum e colocando no meio duas faixas mais recentes como “I Believe” (do “Omega”, álbum que a banda lançou na altura) e “An Extraordinary Life” do álbum “Phoenix”, lançado dois anos antes. Obviamente, teria de ficar para último o seu single de maior sucesso – “Heat Of The Moment”.

É um lançamento válido e em certa medida histórico mas perde-se no seu som algo estéril e no momento em que é lançado. Tendo sido gravado em 2010 e em apoio ao álbum lançado na altura, será que faz algum sentido lança-lo agora, meses depois de um novo álbum estar cá fora, com uma nova formação? Apenas detalhes e hoje em dia as tácticas das editoras têm que ser diferentes do que eram, mas parece-nos que não faz muito sentido. Ainda assim, é um lançamento que se assume como obrigatório para todos os fãs da banda.


Nota: 6.4/10

Review por Fernando Ferreira