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Burning Nitrum - "Molotov" Review



Thraaaaaaaaaashhhhhhhhhhhhh! É o que apetece gritar sem ser preciso passar muito tempo após o início das hostilidades, que neste caso acontecem com a intro instrumental “Subversive Nausea”, que tem mesmo feeling de intro de um grande álbum thrash metal old school, como mandam as regras. E é precisamente isso que “Remote Of Death” nos entrega. Um malhão de thrash como já não se ouvia a algum tempo, com grandes riffs e grandes solos e basta isso para fazer um thrasher feliz. Principalmente quando a música acaba de forma acústica em grande estilo, tal como os clássicos.

Poderá pensar-se que a banda é veterana nestas andanças mas “Molotov” é ´álbum de estreia deste jovem quarteto italiano que pode não ser original, mas têm uma capacidade gigante para fazer grandes malhas, num estilo tipicamente norte-americano, com vozes que lembram um pouco bandas como D.R.I. e Municipal Waste, uma onda mais crossover, embora instrumentalmente sejam thrash metal, puro e duro, onde o trabalho das guitarras destacam-se, tanto a solo como a ritmo e a forma como as duas estão exploradas, não esquecendo obviamente a parte mais rítmica, onde a bateria e o baixo são seguros e sólidos como uma rocha.

A questão é sempre a mesma. Para os que não são grande fãs do estilo, poderão argumentar e até com alguma razão, de que é mais do mesmo no que já foi feito no género. No entanto, o que foi feito aqui está à altura dos melhores clássicos que o thrash já ofereceu, mesmo não sendo nenhum Master Of Puppets ou Reign In Blood, mas com entusiasmo e qualidade suficiente para se tornar contagiante. E quando temos uma música instrumental de oito minutos, “Nemesis, The Death Star”, em que o tempo passa a voar, poderá ser uma boa indicação do alto gabarito de thrash metal que por aqui anda. Sem dúvida, um álbum recomendado e uma banda a ter em conta.


Nota: 8.5/10


Review por Fernando Ferreira