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Pathology - “Throne Of Reign” Review


Desde 2008 que os Pathology decidiram lançar todos os anos um registo de longa-duração. Ora, quando temos uma situação destas pode-se dar um destes plausíveis cenários: a banda é altamente criativa e consegue fabricar material fresco com uma fascinante facilidade; ou vão gravando discos que diferem uns dos outros como do dia para a noite, ou, repetem a fórmula dos álbuns anteriores e dão um novo nome ao clone. Com os Pathology acaba por ser este último cenário. 

Este norte-americanos praticam brutal death metal e nisso não há dedos a apontar, a brutalidade é entregue num ataque feroz e rápido onde a percussão de Dave Astor e as vocalizações guturais de Matti Way são os principais elementos a conferirem a destruição sonora necessária de se ouvir neste sub-género, mostrando-se uma banda à vontade com o estilo que pratica.

Mas, pegando em “Throne Of Reign” e escutando-o do princípio ao fim acaba-se por cair no aborrecimento. Nenhum tema aqui é mau, mas também não há nenhum com uma qualidade acima da média e, o grande, grande problema aqui, é que soam todos ao mesmo, sendo bastante previsíveis e a meia hora de duração (algo típico nos discos de Pathology) acaba por parecer uma hora inteira. Poucas serão as vezes em que o ouvinte é acordado da apatia – uma delas será o brilhante solo de guitarra tocado por Tim Tizsczenko em “Relics Past”.

No disco do ano passado, “Lords Of Rephaim” o trio de San Diego ainda apresentou alguma variedade nas suas composições como era o caso de partes mais lentas e riffs que não pareciam todos iguais, mas “Throne Of Reign” não seguiu esse lado mais diverso, mantendo o núcleo sonoro dos Pathology puro e estático. Separados, os temas aguentam-se bem como impiedosas descargas de agressão que são, realçando “Bavarian Illuminati”, “Relics Past” e “Members”, mas talvez seja altura de dar um intervalo maior do que 12 meses entre a gravação de álbuns para que os Pathology possam escrever música devastadora de qualidade e aí sim apresentar um disco que sobressaia de entre os restantes.

Nota: 6.3/10

Review por Tiago Neves