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Cripper - "Hyëna" Review



Apesar de “Hyëna” ser já o quarto álbum dos alemães Cripper, a banda ainda é relativamente desconhecida no espectro do thrash metal mundial, género onde se inserem. Sendo o primeiro trabalho pela independente norte-americana Metal Blade, talvez seja uma questão que não se colocará por muito mais tempo, no entanto, não interessa só ter uma editora lendária por trás, também é necessário ter matéria prima para fazer com que cabeças alheias sejam abanadas. Nesse aspecto, até que não há motivos para muita preocupação, já que a banda sem deslumbrar propriamente, conquista a atenção do ouvinte aos poucos.

O início do tema-título faz lembrar uma versão metalizada dos Queen, ou pelo menos algo feito pelo Brian May, mas cedo começa o frenesim thrash. A raça é tipicamente alemã mas não soa necessariamente old-school, embora também não se possa propriamente chamar de moderno. É esta indefinição um dos ganchos que este trabalho tem sobre os ouvintes que não os conhecem. Mais surpreendente será para estes quando reparem que a voz agressiva parte da boca de Britta Görtz, não ficando atrás das grandes referências teutónicas do thrash metal.

Um bom ponto de referência será aquilo que os Holy Moses fazem, talvez de uma forma mais polida e mais catchy. Groove, bons riffs e bons solos fazem com que “Hyëna” se torne uma boa surpresa e que apeteça ouvir mais vezes, embora não fosse mau ter mais ganchos. Há uma certa arte em fazer músicas thrash metal que se colem imediatamente na nossa cabeça seja com foco no riff, no refrão, nas melodias, nos solos, ou em todas as atrás mencionadas em conjunto. Os Cripper tem alguns destes elementos mas não é desta que os mesmos se materializam de forma demolidora, embora seja fácil de reconhecer qualidade para tal. Um bom ensaio para esse caminho, de qualquer forma.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira