Estreia a solo da front woman da banda Magik Markers, que move-se pelos meandros do noise rock. Para quem tinha expectativas para este trabalho a solo, “The Immoralist”, seguir a mesma linha da sua banda original é capaz de desiludir-se valentemente com o que se pode ouvir aqui. A andar pelo caminho do garage rock com tiques de shoegaze, mas muito contido e misturado com rock alternativo e até algum neo-folk. Ou seja, algo que fará o comum metaleiro cair no sono profundo em pouco tempo.
Tal característica até nem é má, principalmente para quem gosta de dormir, mas poderá ser problemática para garantir algum interesse por parte de uma audiência. A falta de dinâmica entre as músicas tornam difícil haver alguma que se saliente – curiosamente, entre as primeiras, a que se salienta é a mais calma, “Kylie” , com uma ambiência bem conseguida, e a “Arkansas” que encerra o trabalho com uma sensibilidade impar. Em “Far From Home” também se tem cheirinho de um pouco de distorção e feedback mas nada que altere o mood do trabalho.
Basicamente o trabalho vive em função da prestação de Ambrogio, assumindo ares intimistas e mais intensos, no entanto, por outro lado, a tal uniformidade de som e das músicas faz com que o tempo se arraste por este álbum. Tudo passa mais devagar para aqueles que estão a tentar prestar atenção, e tudo passa mais rápido (e ao lado) a todos os que usam “The Immoralist” como música de fundo. É um trabalho que exige bastante do seu ouvinte e que provavelmente aquilo que devolve não será perceptível apenas com algumas audições.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Tal característica até nem é má, principalmente para quem gosta de dormir, mas poderá ser problemática para garantir algum interesse por parte de uma audiência. A falta de dinâmica entre as músicas tornam difícil haver alguma que se saliente – curiosamente, entre as primeiras, a que se salienta é a mais calma, “Kylie” , com uma ambiência bem conseguida, e a “Arkansas” que encerra o trabalho com uma sensibilidade impar. Em “Far From Home” também se tem cheirinho de um pouco de distorção e feedback mas nada que altere o mood do trabalho.
Basicamente o trabalho vive em função da prestação de Ambrogio, assumindo ares intimistas e mais intensos, no entanto, por outro lado, a tal uniformidade de som e das músicas faz com que o tempo se arraste por este álbum. Tudo passa mais devagar para aqueles que estão a tentar prestar atenção, e tudo passa mais rápido (e ao lado) a todos os que usam “The Immoralist” como música de fundo. É um trabalho que exige bastante do seu ouvinte e que provavelmente aquilo que devolve não será perceptível apenas com algumas audições.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira