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Foreigner - "The Best Of 4 And More" Review


Já vimos este filme antes. Banda lendária (mais que não seja por ter vendido muitos discos na década de setenta/oitenta) de AOR ou hard rock que se transformou em rock/pop lança um álbum ao vivo sob o selo da Frontiers com os seus maiores êxitos. Apesar da forma irónica como esta frase é proferida, não quer dizer que seja propriamente uma coisa má. Algumas vezes, é certo, vai se repescar coisas que deveriam ter ficado enterradas décadas atrás, mas outras valem a penas ser relembradas e a Frontiers acaba por fazer algum serviço público, não permitindo ou assegurando-se que as mesmas continuem vivas e sejam conhecidas por novas gerações, além de apelar, obviamente, à nostalgia dos mais velhos. A questão que interessa saber é... a que grupo pertence este "The Best Of 4 And More" dos Foreigner?

Os Foreigner ficaram eternamente conhecidos pelo mega êxito "I Want To Know What Love Is" (que, claro, não podia faltar aqui) mas para muito dos seus primeiros fãs, essa música é uma abominação, bastante açucarada em relação aos seus primeiros tempos. Para esses, ficarão agradavelmente surpreendidos com a inclusão de clássicos como "Feel Like The First Time", "Cold As Ice" (ambos do primeiro álbum auto-intitulado de 77) e "Hot Blooded" (do segundo, "Double Vision"), mas como o próprio indica, o que se tem aqui são os melhores temas do seu quarto álbum, intitulado precisamente... "4" (e a capa até é uma variação da capa original do álbum), onde se incluem "Night Life", "Jukebox Hero" (numa versão para lá de gigantesca), a inevitável "Urgent" (também em versão longa, com grandes solos de saxofone),"Waiting For A Girl Like You", "Break It Up", "Woman In Black" e "Girl On The Moon".

O trabalho em questão foi o álbum da editora Atlantic que mais tempo teve no lugar cimeiro do top da Billboard e que vendeu mais de nove milhões em todo mundo, o que de certa forma legitima esta decisão - num tempo em que qualquer banda regrava álbuns e fazem tours a tocar álbuns na íntegra seja porque motivos forem, porque raio estes senhores que até venderam uns milhõezitos de discos não poderiam gravar e lançar um espectáculo como estes? Seja como for, apenas pelas versões longas e pelos clássicos aqui contidos, este é um trabalho que merece que seja ouvido. Louvada seja a Frontiers pelo serviço público - se não forem aqueles que têm paixão pelas coisas a lutarem pela sua divulgação e preservação, quem mais é que o poderá fazer?


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira