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Ensiferum - "One Man Army" Review


Os Ensiferum são um dos nomes recorrentes quando o assunto é metal extremo misturado com os elementos épico e folk, tais como Korpiklaani, Turisas, Eluveitie e Equilibrium. Como todos os nomes citados atrás, não é fácil manter uma carreira longa e interessante quando se é conhecido por uma característica muito própria – que em todos estes casos é ter death metal misturado com músicas épicas e sonoridades folk. Os Ensiferum não são excepção e existiram momentos recentes na sua carreira em que a qualidade ficou algo aquém das expectativas. Para quem ficou algo desiludido com o último trabalho, este “One Man Army” vai servir para os satisfazer, ainda que existam momentos  onde assistimos a alguns passos dados em falso.

Ainda assim, o início do trabalho é de arrasar. A intro “March Of War” prepara para a festa que são “Axe Of Judgement” e “Heathen Horde”, enquanto o tema título é ideal para fazer headbang frenético e ainda assim mantendo aquela veia épica/folk. A melodia também é um dos grandes focos e a mesma é usada de forma exemplar na curta “Burden Of The Fallen” e na faixa para qual serve de introdução, “Warrior Without A War”, onde a melodia mais uma vez é apresentada com peso viciante, ideal para ser cantado pelo seu público nesses palcos pelo mundo fora. Conforme nos aproximamos do final do trabalho é quando a melodia começa a tomar conta das ocorrências como na “Cry For The Earth Bounds”, melancólica e épica mas que não deixa de ser um dos grandes momentos deste trabalho.

“Two Of Spades” é que poderá ser um momento não totalmente apreciado por aqueles que gostam da sua música séria. A soar aos momentos mais festivos dos Turisas, é uma música festiva (talvez demasiado) mas que mesmo assim tem o seu valor. “My Ancestor’s Blood” repõe a seriedade na coisa, mas é com “Descendants, Defiance, Domination” que o ponto alto do trabalho é atingido. Melodia, emoção e mais uma vez, aquele feeling épico que nos faz pegar em colheres de pau (ou qualquer outro objecto parecido) e levantá-las em direcção ao céu, como se fosse uma espada. Principalmente com o riff que surge entretanto por volta dos seis minutos. Um grande tema. O álbum é finalizado com uma escorregadela monumental na figura da “Neito Pohjolan”, que era totalmente dispensável. Feito o resumo das coisas, é um bom álbum de Ensiferum, que apesar de algumas faixas não tão bem conseguidas, na sua generalidade apresenta do melhor que a banda já fez na sua carreira. Só por isso é motivo de júbilo. 


Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira