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Vexillum - "Unum" Review


Os Vexillum são um dos nomes recentes do power metal italiano que recuperam a tradição mais alegre do género, muito em voga no final do milénio passado e do início dele, com a variante de terem um certo espírito folk que até lhes assenta como uma luva. “Unum” surge dois anos depois do segundo trabalho, “The Bivouac”, que foi um competentíssimo álbum de power metal. O início com “The Departure: Blow Away The Ashes” mostra que os italianos não desaprenderam nestes dois anos de silêncio. Na verdade, nota-se claramente que surgem aqui com uma maior energia e intensidade, com as músicas a terem um maior impacto que anteriormente.

Para isso também contribui o facto de termos aqui uma série de participações especiais, onde se incluem Chris Bay dos Freedom Call (na “The Jester: Over The Clouds”, o primeiro single deste álbum), Hansi Kürsh dos Blind Guardian (na “The Sentenced: Fire And Blood” que parece uma música que poderia ter sido retirada de uma jam dos Blind Guardian, embora também seja natural já que tudo em que Kürsh coloca a voz associamos automaticamente a Blind Guardian), Mxi Nil dos Jaded Star (na “Lady Thief: What We Are” que é bem catchy e as duas vozes resultam muito bem) e a finalizar Mark Boals dos Ring Of Fire (na “The Hermit: Through The Mirror”, meia acústica meia power metal, diversão total). Este conjunto de temas é fortíssimo e faz uma sequência que acaba por marcar o álbum.

Os restantes temas são igualmente bons mas acabam por não fazer justiça à qualidade que tinha ficado para trás, mas conseguem manter o nível de qualidade alto. As duas covers que finalizam o álbum representam uma forma engraçada de fechar o álbum, numa nota mais leve e bem disposta, com a “Spunta La Luna Dal Monte”, cover dos Tazenda (uma banda italiana) a representar uma boa surpresa. A cover para “Run Run Runaway” dos Slade ainda está melhor, surgindo com um espírito folk bem contagiante. Apesar do power metal ser um género bastante explorado, esta vertente folk tem sempre um encanto próprio que se torna infalível – para quem tem um fraquinho por folk, claro, mas os restantes apreciadores de heavy metal e melodia também não devem ser indiferentes.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira