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Weedeater - "Goliathan" Review


Depois da Season Of Mist ter reeditado toda a discografia da banda norte-americana e do seu silêncio (ignorando essas reedições) ter durado quatro anos, os Weedeater regressam com "Goliathan". Tendo bem presente que o último álbum da banda, "Jason... The Dragon" foi tudo menos consensual, o início deste trabalho assusta. Verdadeiramente. "Processional" parece uma lullaby manhosa que ainda fica mais manhosa quando a metade nos surge uma voz que é uma espécie de Tom Waits on drugs.

Com o tema título as coisas tornam-se bem mais sérias e uma coisa simplesmente se destaca, ao longe. A bateria do novato Travis Owen. Batidas simples, seguras e sobretudo com um groove brutal, faz com que os temas, logo à partida, tenham um interesse que no anterior álbum, por exemplo, não se conseguiu encontrar. A sonoridade continua suja e arrastada, tal como mandam as regras do doom/sludge/stoner, e os temas são curtos - tirando o "Claw Of Sloth" que já chegam perto da marca dos cinco minutos e meio - e também continuamos a ter os temas estranhos como a já mencionada intro e a "Battered & Fried" que é autênticamente música de redneck movida a voz(es), banjo e harmónica.

Para quem já conhece a banda já sabe o que pode esperar aqui. Para quem não conhece, bem
está justificada a inteligência da Season Of Mist em reeditar todos os álbuns - Embora se possa afirmar que trinta e três minutos é muito pouco tempo para quatro anos de espera, o que se obtem é mesmo aquilo que... bem, se esperava, se me perdoam a redundância. Ainda assim, é bem superior ao anterior álbum e só por isso faz com que se consiga apreciar repetidas vezes faixas como "Cain Enabler", "Bow Down" e "Joseph (All Talk)", mesmo que tenham outras tantas estranhas e que podem parecer e ser consideradas apenas como fillers.

Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira