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The 69 Eyes - "Paris Kills" Review



Cronologicamente, este é o primeiro álbum dos que foram reeditados pela Nuclear Blast e também é aquele que é considerado como na carreira do grupo finlandês, levando-os a novos patamares de sucesso. Embora o momento tenha sido o ideal para um álbum como “Paris Kills”, sem dúvida que existe muito mérito na música aqui contida já que apresenta o equilíbrio perfeito entre a faceta romântica/glam e gótica (na altura ainda refrescante, com o interesse e procura em alta) e o peso do rock/metal. Para quem está a chegar à banda pela primeira vez, é impossível não ficar fascinado com as suas melodias viciantes que vão um pouco mais além da simples canção de amor para por adolescentes com o cio aos saltos.

“Crashing High”, logo a abrir, apresenta-nos algo que nem sabíamos o quão nos fazia falta. Seja em 2002, seja actualmente, treze anos depois: um cheirinho forte a Sisters Of Mercy. Na verdade, este álbum (e a própria banda), poderá ter várias influências mas a de Sisters Of Mercy é aquela que melhor nos soa aos ouvidos, conseguindo ao mesmo tempo matar as saudades e ao mesmo tempo manter a identidade da banda, que nesta altura já estava bem estabelecida. Também temos a sombra de Jim Morrison e Type O’Negative em músicas como “Don’t Turn Your Back On Fear” que tem uma melodia de teclados que faz mesmo lembrar a “My Girlfriend’s Girlfriend”.

Tal como é normal nestas reedições, temos três faixas bónus que neste caso até era um pouco dispensáveis, já que se tratam de remixes para a “Crashing Down” e “Stigmata” – que por si só já tem uma forte batida e um alto teor a música electrónica alemã e que custa a entrar por isso mesmo e uma estranha versão do clássico dos The Doors, "You're Lost Little Girl". Resumindo, “Paris Kills” é um álbum que não sendo perfeito, apresenta a banda fortíssima. Será um trabalho que todos os fãs obrigatoriamente têm, o que nos faz sentir que estes extras não são suficientes para que gastem mais dinheiro. Para quem chega agora à banda pela primeira vez, tem aqui uma boa oportunidade para ir buscar um dos bons momentos da sua história discográfica.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira