Alguém presente na sala sabe quem são os Unsane? Provavelmente não serão muitos, mas a verdade é que são uma das entidades de culto do noise rock e é deles que vem o senhor Dave Curran, que larga o baixo para aqui se voltar para a voz e guitarras. Caso houvessem dúvidas se esste novo projecto ia pelos caminhos da barulheira, bastaria a dose de chavascal em forma de faixa que não atinge três minutos com o nome "A Great Blight". No entanto, de noise puro já o mundo está cansado, portanto, o negócio aqui é mesmo noise rock, que é precisamente o que "The Life In Pink" nos traz.
Um baixo possante - a cargo de Andrew Schneider que também dá uma ajudinha na voz - e uma bateria frenética e irrequieta - a cargo de Jim Paradise - é a fórmula para se ter um power trio implacável quando o objectivo é juntar punk, hardcore, rock e claro, noise. Há por aqui muita raiva e inconformidade mas não daquela que se traduz em blastbeats e guturais. A fórmula aqui é a alternativa, aquela que foi levada ao mainstream com álbuns como "In Utero". É essa potência, mas sem propriamente a aproximação pop que era comum nos Nirvana.
Ao contrário de muitas bandas raivosas, a banda nunca se perde nos seus devaneios, mesmo nos dois temas mais longos - aliás, são esses mesmo, "Bet It all On Black" e "Donnybrook" que nos provam que a banda sabe bem o que quer e que nem as experimentações a demovem da sua demanda rock. É um álbum desagradável, como é suposto ser todo o noise rock, mas ainda assim apelativo e viciante. Para os que não gostam muito deste tipo de coisa, até podem tentar começar por aqui. "Wronger" é coisa para converter até mesmo os mais teimosos e cépticos. Barulhento, visceral. Rock. Tal como gostamos.
Um baixo possante - a cargo de Andrew Schneider que também dá uma ajudinha na voz - e uma bateria frenética e irrequieta - a cargo de Jim Paradise - é a fórmula para se ter um power trio implacável quando o objectivo é juntar punk, hardcore, rock e claro, noise. Há por aqui muita raiva e inconformidade mas não daquela que se traduz em blastbeats e guturais. A fórmula aqui é a alternativa, aquela que foi levada ao mainstream com álbuns como "In Utero". É essa potência, mas sem propriamente a aproximação pop que era comum nos Nirvana.
Ao contrário de muitas bandas raivosas, a banda nunca se perde nos seus devaneios, mesmo nos dois temas mais longos - aliás, são esses mesmo, "Bet It all On Black" e "Donnybrook" que nos provam que a banda sabe bem o que quer e que nem as experimentações a demovem da sua demanda rock. É um álbum desagradável, como é suposto ser todo o noise rock, mas ainda assim apelativo e viciante. Para os que não gostam muito deste tipo de coisa, até podem tentar começar por aqui. "Wronger" é coisa para converter até mesmo os mais teimosos e cépticos. Barulhento, visceral. Rock. Tal como gostamos.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
