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Atomic Symphony - "Redemption" Review



Apesar de já existirem desde 2009, os suiços só chegam ao primeiro álbum de originais agora em 2015, com este "Redemption". Estaria-se tentado a pensar que, logo ao ouvir os momentos inicias de "Lost Eden", que se tratava apenas de mais uma banda de metal sinfónico com uma bonita voz feminina à frente do microfone. Felizmente, na mesma música, logo se comprova de que esse preconceito é totalmente errado. Se existem alguns lugares comuns os quais a banda se rege os mesmos são do metal progressivo, que surge bem empolgante.

Se a já citada faixa de abertura, "Lost Eden", não fosse capaz de converter, o primeiro minuto da "Abyss" de certeza que faria o serviço. Virtuosismo quer a nível instrumental, quer a nível de composição, numa música que nos leva a diversos lugares em pouco mais de sete minutos. Confessa-se que o estigma atrás mencionado volta cada vez que Jasmin Baggenstos, a bela vocalista, abre a boca. Por vezes fica a sensação de que uma voz mais forte ou então que uma maior variedade no registo faria esta banda voar ainda mais longe do que aquilo que estas nove músicas fazem prever, porque as mesmas têm bastantes dinâmicas.

Bons riffs, composições intrincadas e longas, bem conjugadas com as mais curtas e uma maturidade de composição que para primeiro trabalho não está nada mal. Não basta saber tocar, importa sobretudo saber como tocar o muito que se sabe e nesse aspecto Atomic Symphony, até que conseguem surpreender por contornarem com sabedoria os malefícios de que o metal progressivo pode cair. Apesar disto, "Redemption" não é um álbum de audição facilitada. As músicas custam a entrar (tirando a instrumental "Delusive Dreams" que é um vício do início ao fim) e o seu conjunto é um pouco denso para que se consiga apreender à primeira. No entanto, é uma audição que se leva e repente com bastante facilidade. Boa estreia.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira