“Hamartia”
marca o décimo álbum de longa duração na já longa carreira
destes veteranos americanos do death/doom.
A sua identidade sonora
mantêm-se intacta e a fórmula da banda continua inalterável neste
novo lançamento, apesar de se iniciar em notas mais pesadas com
“Devil’s Light”, “Hamartia” tem tudo o que caracteriza os
Novembers Doom, ou seja, a omnipresente melancolia, a alternância
entre a voz gutural e a cantada, nomeadamente nos refrões; assim
como a alternância entre riffs mais brutos e outros de melodias
muito mais suaves. Ou seja, temos aqui temas como “Zephyr” e
“Plague Bird” que são o padrão mais habitual de Novembers Doom,
“Devil’s Light” e “Apostasy” a mostrar que o lado mais
death metal da banda continua a bombar, algumas breves serenatas como
“Borderline” e o tema título que revelam que a banda consegue
estender-se facilmente ao extremo oposto do que é apresentado nos
temas mais agressivos e ainda há aqueles que fundem tudo isto na
perfeição como o trepidante “Ever After” e “Miasma” a
revelarem toda a beleza que a banda consegue construir.
Sim,
os Novembers Doom não mostram nada de novo ao décimo álbum.
Mostram que não precisam de o fazer; o que está aqui é o registo
de uma banda já bem amadurecida que se sente muito confortável a
fazer a música que toca e esse conforto é transmissível ao
ouvinte, pois “Hamartia” não é nenhum disco revolucionário nem
nenhuma bomba do género, é sim uma excelente experiência auditiva.
Nota: 8.1/10
Nota: 8.1/10
Review por Tiago Neves