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Reportagem: Blood Red Throne + Pestifer + Corpsia @ Cave 45, Porto - 21/09/2017



Após uma passagem pelo nosso país em 2014 onde estiveram presentes na 17ª edição do festival SWR Barroselas Metalfest, os noruegueses Blood Red Throne regressaram em nome próprio para uma noite de brutalidade musical na cidade do Porto.

Apesar de terem sido uma adição de última hora ao cartaz desta noite, coube aos Corpsia a responsabilidade de abrirem as hostilidades da noite. Este trio brasileiro, dono de um thrash metal energético, encontra-se em tour pela Europa a promover “Genocides In The Name Of God”, o seu álbum de estreia. A banda presenteou-nos com um concerto em ritmo rápido e com uma grande entrega. Embora tenham estado perante uma plateia ainda escassa e um pouco mais tímido, não se deixaram desanimar, provando que foram uma aposta ganha pela organização.

Já com uma casa mais composta, foi a vez dos nacionais Pestifer subirem ao palco. Com uma sonoridade mais virada para o death metal old school, a banda trouxe-nos “Execration Diatribes”, o seu novo trabalho, lançado este ano. Embora pouco comunicativos, demonstraram estar em excelente forma, tendo brindado o público – já em maior número – com uma actuação intensa e com uma excelente execução dos temas. O público respondeu de uma forma mais calorosa, tendo ficado positivamente surpreendidos (em especial aqueles que nunca tinham visto a banda ao vivo) com a actuação de Pestifer.

Por fim, o momento mais aguardado da noite chegou quando os Blood Red Throne fizeram ecoar os primeiros riffs de “Arterial Lust”. Estava assim lançado o mote para a descarga de brutalidade sonora que se seguiu. Com uma fenomenal entrega em palco, depressa criaram uma sinergia que se fez sentir entre estes e o público, ajudando a criar um ambiente intenso. Estes presentearam-nos com uma setlist que abrangeu de forma geral todos os lançamentos dos seus quase 20 anos de carreira, onde se destacaram músicas como “Unleashing Hell”, “Smite”ou “Soulseller”. Houve também ainda um momento deveras caricato, que ficou certamente na memória dos mais atentos, onde o vocalista aproveitava os momentos mais parados para se sentar a descansar num sofá ao lado do palco. No geral, e apesar do visivel estado de embriaguez de alguns elementos da banda, este foi um concerto electrizante e ao mais alto nível.  Até uma próxima!

Texto por Emanuel Ferreira
Fotografias por Emanuel Ferreira e Rita Limede
Agradecimentos: SWR Inc.