Depois de uma noite de aquecimento, o festival Laurus Nobilis voltou na sexta-feira para nos trazer um dia repleto de boa música e convívio.
A tarde/noite de boa música teve o seu começo com o concerto de Sotz’. A banda de death metal do Porto mostrou muita energia e dedicação em palco, tendo convencido os poucos presentes da sua qualidade. Ao promoverem o seu EP de estreia “Tzak’ Sotz’”, apresentaram-nos uma setlist maioritariamente focada no mesmo.
Seguiu-se a actuação da banda de death/groove In Vein. Com a plateia um pouco mais composta, este jovem grupo do Porto deu mostras da sua garra e talento, causando inclusive os primeiros momentos de mosh, circle pits - e até mesmo a primeira wall of death - do dia. Por sua vez, a setlist girou maioritariamente em volta dos temas de “Resurrect”, o seu primeiro – e único – álbum lançado o ano passado.
Os Nine O Nine podem ser um nome ainda relativamente desconhecido do público nacional, no entanto os seus integrantes de certo não o são.
Este grupo - que na sua formação conta com Tó Pica (ex- RAMP) e Sérgio Duarte (RCA), entre outros –, veio a Famalicão apresentar o seu mais recente trabalho, “The Time Is Now”.
Foi um concerto interessante, que ainda arrancou algumas reações calorosas por parte do público, tendo cumprido o que era esperado.
Foi um concerto interessante, que ainda arrancou algumas reações calorosas por parte do público, tendo cumprido o que era esperado.
A banda portuguesa de hardcore Hills Have Eyes estrearam o palco principal Um grupo que dispensa grandes apresentações, dada a sua popularidade e qualidade musical, particularmente dentro do género. Um actuação explosiva e repleta de energia que não deixou ninguém indiferente. Os Hills Have Eyes demonstraram uma vez mais porque são uma aposta inegavelmente segura para qualquer festival, sendoem cima de um palco que se sentem mais confortáveis. Temas como “Antebellum”, “All at Once” ou até mesmo “Strangers” arrancaram momentos de êxtase, onde o público foi igualmente a estrela da festa, culminando em alguns refrões cantados em uníssono. Um concerto memorável, do mais alto nível.
Equaleft é uma daquelas bandas que nunca desilude. Com músicos de qualidade, conseguiram a proeza de deixar, uma vez mais, o público ao rubro com uma performance de excelência.
A movimentação na plateia – desde circle pits, mosh, crowd surfing e até mesmo uma wall of death – fez-se sentir desde cedo, e a sinergia entre a banda – muito comunicativa – e a energia do público público era palpável, criando um ambiente incrível.
A setlist intercalou alguns temas novos, como “Once Upon A Failure”, “Strive” ou “Overcoming” – que seguramente irão fazer parte do próximo álbum da banda, ainda sem data de lançamento definida – com alguns temas mais antigos, tais como “New False Horizons”, “Invigorate” ou “Maniac”, que escolheram para fechar o concerto, tendo sido cantada pelo vocalista Miguel Inglês enquanto este estava a fazer crowdsurfing.
A movimentação na plateia – desde circle pits, mosh, crowd surfing e até mesmo uma wall of death – fez-se sentir desde cedo, e a sinergia entre a banda – muito comunicativa – e a energia do público público era palpável, criando um ambiente incrível.
A setlist intercalou alguns temas novos, como “Once Upon A Failure”, “Strive” ou “Overcoming” – que seguramente irão fazer parte do próximo álbum da banda, ainda sem data de lançamento definida – com alguns temas mais antigos, tais como “New False Horizons”, “Invigorate” ou “Maniac”, que escolheram para fechar o concerto, tendo sido cantada pelo vocalista Miguel Inglês enquanto este estava a fazer crowdsurfing.
O momento mais aguardado desta noite começou em tom solene. Antes de os Septicflesh subirem ao palco, a organização pediu aos presentes que se juntassem para homenagear as vítimas dos recentes incêndios na Grécia, país de origem da banda. Ao soarem os primeiros acordes de “Portrait Of A Headless Man”, fez-se sentir uma reação calorosa à banda. Estava criado o ambiente perfeito para um concerto com grande qualidade e entrega por parte de todos os elementos de Septicflesh, com especial destaque para o vocalista e baixista Spiros Antoniou, que é acima de tudo um frontman e entretainer carismático. Apesar da sua extensa carreira de mais de 25 anos, os temas escolhidos para esta noite, focaram-se nos álbuns mais recentes do grupo, com especial destaque para os de “Codex Omega”, álbum lançado no ano passado. Há também que destacar a dedicatória aos seus compatriotas feita antes de “Dante’s Inferno” em jeito de homenagem. Foi um concerto que decerto foi ao encontro das expectativas de todos os presentes, que durou pouco mais de 1h30, com direito a encore onde nos presentearam com os temas “Anubis” e “Dark Arts”.
A irreverência dos Mata Ratos não deixou os ânimos esfriarem. Embora o concerto de Septicflesh seja algo dificil de igualar, estes não desapontaram e proporcionaram os momentos de festa brava do festival. Com alguns dos temas mais clássicos cantados em uníssono com o público, tais como “CCM”, “Armando é um comando” ou a já icónica “A Minha Sogra é um Boi”, causaram grandes movimentações na plateia – tal como seria de esperar. Mata Ratos fecharam assim o palco principal na sexta-feira, em toda a sua glória.
Os mais resistentes reuniram-se em frente ao palco cá fora para presenciarem a grande actuação dos Web. Apesar da noite se fazer sentir tardia e o cansaço a começar a atacar, isso não influenciou de forma alguma a actuação desta já mui experiente banda, que conta com mais de 30 anos de carreira. Ainda houve espaço no público para algumas movimentações, ao som de alguns dos temas mais emblemáticos de Web como “Mortal Soul” ou “Vendetta” – que encerrou a noite.
Estava assim terminado mais um dia do festival Laurus Nobilis Música, que contou com muito mais público do que na noite anterior, com concertos de qualidade e o já habitual convívio entre o pessoal presente.
Agradecimentos: Laurus Nobilis