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Paganizer - "The Tower of the Morbid" Review



Paganizer, a lenda do death metal sueco, acho que podemos claramente colocar as coisas assim, afinal estamos a falar de uma banda com muita história louvável em mãos, sempre mantendo-se fiéis  ao género, sem devaneios, mas o que terá acontecido a este novo esforço? Eu quero dizer, as críticas partiram ao meio o "altar" da morte e entre o bem e o mal "The Tower of the Morbid" não parece ter acertado o alvo na corrida dos destaques deste ano, pode ser a saturação de um cenário sobrecarregado, ou a falta de inovação, mas hoje será a nossa vez de dissecar este álbum até à alma.

Lançado no dia 27 de outubro deste ano, pela Transcending Obscurity Records, com capa feita pela lenda Dan Seagrave, "The Tower of the Morbid" contém onze músicas divididas em não muito mais do que trinta e oito minutos, um álbum curto para a proporção de faixas.

Começamos a nossa audição na faixa título, "The Tower of the Morbid", e a mescla sedenta de death e thrash metal instala-se, as guitarras são voláteis mas nada realmente inovador, nem é para ser, estes músicos estão mantendo a base sólida do género viva. Rogga ainda mantém o vocal rosnado, cavernoso à frente do muro sonoro e no seu todo a faixa funciona muito bem. "Purge the World" e "Apocalypse Writings" conseguem tornar as coisas mais cativantes, com os Paganizer a subirem o nível a um confronto brutal de death com viscerais injeções de thrash, sendo suturadas com um maciço trabalho da bateria de Matte. 

Eu tenho ouvido todas essas opiniões mas eu sou obrigada a rebater dizendo "o que buscas é um bom álbum ou um saco de confettis?", porque certamente esta banda não está disposta a largar o osso e as veias sangrentas do death metal afiado, encare como "Drowning in Sand" ou "Cannibal Remains" arremessam o álbum a um peso equivalente ao calibre destes músicos mas sem enfeites, não há elementos modernos aqui, nenhuma alquimia sendo feita, apenas o bom e velho death metal old school destilado.

Seguimos o álbum com "Rot Spreads", "Redemptionless" e "Demented Machines" e a velha fórmula repete-se insanamente, então não, este não é um álbum para os modernistas. Impossível dizer se este álbum se encaixaria em listas de melhores do ano, isso dependeria, de qual lista falamos? Se for para ser mantida uma lista com álbuns revolucionários, então certamente Paganizer não seria cotado, mas se o ouvinte aprecia uma banda que, animalescamente, mantém todas as raízes vivas, sim, este álbum é para si.

Destaque para "Beneath the Gauze" e "Flesh Tornado".

Nota: 8.5/10

Review por Tatianny Ruiz