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Job For a Cowboy reconhecem que já foram os "maiores posers do mundo"

Do passado não reza a história, a não ser que tenhas uma banda. Nesse sentido, por mais rocambolesco que seja esse passado, tudo faz parte do processo de evolução. No caso da banda norte-americana Job For a Cowboy, e segundo o vocalista Jonny Davy numa entrevista à Alt Press, o seu passado não foi muito "famoso" devido aos seus primórdios deathcore/death metal que não agradaram aos "verdadeiros" fãs de death metal:

"Éramos posers! Éramos os maiores posers do mundo. É estranho. Eu era um grande fã desse género de música. Parece uma parvoíce, mas acho que um dos primeiros álbuns que comprei com o meu próprio dinheiro foi o 'Nile’s Amongst The Catacombs Of Nephren-Ka' por volta de 1998 e, quando o ouvi pela primeira vez, não o compreendi, porque era muito jovem.

"Isso abriu a porta a uma série de coisas à medida que fui envelhecendo. Eu ouvia muita coisa quando tinha 17 anos. Estava apenas a tentar abrir o máximo de portas possível. É estranho receber tanto feedback negativo via online, mas é o que é. Eu percebi. Quero dizer, hoje em dia ainda percebemos. Ainda temos essa perceção de termos sido uma banda do MySpace. Eu acho que várias pessoas nunca nos deram uma oportunidade. Arranjámos um nome estúpido ao qual ficámos ligados, por isso entendo que às vezes é difícil levar-nos a sério. Eu acho que tudo se resume ao início da banda, nós nunca levámos isso tão a sério, porque nunca pensámos que chegasse ao patamar que chegou.

"Não tínhamos qualquer intenção de mudar [aquando do Genesis]. Acho que as nossas primeiras digressões influenciaram naturalmente a mudança. Realizámos uma digressão com os Necrophagist, a banda mais respeitada naquela altura [2006], realizámos uma grande digressão com os Cattle Decapitation e os Animosity. Compusemos o EP 'Doom' quando tínhamos 16 anos, portanto basta pensar o quão diferente és entre os 16 e os 18/19 anos. Muitas coisas mudam, especialmente a nível musical. No final, acho que foi uma progressão bastante natural. Mesmo assim, quando o lançámos - voltando ao feedback negativo - isso também não pareceu ajudar em nada. Parecia que tinha piorado as coisas. Nós não poderíamos ganhar. É engraçado quando olhamos para esse passado."

Por: Bruno Porta Nova - 18 dezembro 20