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Iron Kobra - "Dungeon Masters" Review


Chegou tarde, mas não o suficiente para ficar fora da boa colheita de 2012. Já dentro do último mês do ano, os alemães Iron Kobra lançaram o seu álbum debutante, editado pela Dying Victims Productions, intitulado «Dungeon Masters». A banda oriunda da região de Westfalen, que passou pelo nosso país numa fase embrionária deste ano, tinha apenas lançado uma demo e três ep’s, extraindo alguns temas desses registos para um disco de estúdio que os lança definitivamente na estrada do Heavy Metal tradicional, com algumas tendências para o speed metal tão germânico.

Versando basicamente sobre motores e cabedal, num constante enaltecer do som sagrado, o que estes fãs da cultura japonesa reuniram foi cerca de 47 minutos de cativantes riffs, harmonias e refrões, sob o comando de Lord Python na voz e guitarra lead (também conhecido pela sua passagem nos Warhammer). Não se poderá dizer que descobriram a pólvora, mas a verdade é que feeling não lhes falta e ninguém minimamente fã da sonoridade (e de nomes como Witchcurse, Metal Inquisitor ou os de outro campeonato Enforcer), passará ao lado da notória honestidade e simplicidade com que a executam. 

Há álbuns e álbuns, e formas diferentes de viver e encontrar qualidades ou defeitos nos mesmos, mas quando um ouvinte deixa entrar na corrente sanguínea o que os ouvidos recebem, acompanhando o ritmo com uma batida de pé em jeito de metrónomo, e cerrando o punho em vários momentos dos temas, dificilmente o trabalho não é de qualidade. Já para não referir que a audição passa a correr, o que é também sintomático e esclarecedor. 

Repetindo-me, os Iron Kobra não caíram no caldeirão da poção mágica e não inventaram nada, mas se quisermos diversão e rock n’ roll, e não procurarmos novos deuses em cada esquina, então temas como «Metal Rebel», «Heavy Metal Generation», «Druid’s Call» e a arrebatadora «Speedbiker», merecem ser recordados por nós, num «Dungeon Masters» todo ele muito, muito interessante, e que promete andar pela playlist durante os próximos tempos.

Nota: 7/10

Review por Carlos Fonte