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A já veterana banda portuguesa de death/doom metal, formada em 1992, Requiem Laus, teve honras de abertura do segundo dia do festival. O grupo madeirense, liderado por Miguel Freitas, veio a Vagos como uma adição de inequívoca qualidade ao cartaz do evento. No entanto, a receptividade por parte do público podia ter sido maior. Talvez não tenha havido tempo suficiente para a banda mostrar toda a sua valia, nem para comunicar com os espectadores.
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Já os madrilenos Angelus Apatrida conquistaram facilmente o público com o seu thrash metal rápido e incisivo. Este quarteto que está junto desde 2000, data de formação da banda, revela-se uma máquina bem oleada, que incendeia qualquer local por onde passe. Assim foi em Março quando foram headliners no Moita Metalfest, e agora voltaram novamente ao ataque no Vagos Open Air. A banda é, cada vez mais, uma presença habitual em Portugal, sendo uma excelente adição a qualquer cartaz.
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Os The Haunted provaram no Vagos Open Air que há vida pós Anders Björler e Peter Dolving, e até já tocaram temas que vão fazer parte do seu próximo álbum, "Exit Wounds", que será lançado no final de Agosto, tendo dado boas indicações sobre o mesmo. Marco Aro regressou aos The Haunted, em 2013, após uma década fora da banda e, com a inclusão do vocalista, nota-se uma viragem para a sonoridade mais thrash do início da carreira, depois de alguns álbuns mais alternativos. Marco Aro foi mesmo o destaque do grupo, com uma performance cheia de atitude, fazendo-nos crer que há futuro no seio dos The Haunted.
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Uma das bandas mais aguardadas desta edição do Vagos Open Air eram os Behemoth, depois de uma bem sucedida passagem pelo Cine-Teatro de Corroios, em Novembro de 2010. A banda de Nergal e Orion (quase) nem precisou de interagir com os espectadores para obter uma grande recepção, porque os seguidores do grupo estavam sequiosos por revê-los, a setlist foi fortíssima e as músicas falaram por si. O bem recebido "The Satanist" foi o disco mais em destaque neste concerto, com "Blow Your Trumpets Gabriel" e "Ora Pro Nobis Lucifer" logo a abrir, o tema título a meio do concerto e "O Father O Satan O Sun!" a encerrar, quatro temas que fazem juz ao legado da banda. As obrigatórias "Chant for Eschaton 2000", "Conquer All" e "Slaves Shall Serve" também fizeram estragos, estando entre as melhores desta actuação demolidora.
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Jeff Waters espalhou classe pelo palco do Vagos Open Air. Este senhor é um dos guitarristas mais underrated da história do metal e isso ficou bem patente esta noite. Waters e Dave Padden deram uma aula na arte de bem tocar guitarra e de como dar um grande concerto, justificando, do princípio ao fim, a sua inclusão numa das posições mais elevadas no cartaz. Os Annihilator puxaram bastante pelo público e mostraram uma energia inesgotável, eles que, apesar de lendários, não eram à partida uma das bandas mais esperadas. O alinhamento foi forte e incidiu maioritariamente nos álbuns clássicos do thrash metal, "Alice in Hell" e "Never, Neverland", e no disco mais recente da banda canadiana, "Feast". Depois desta excelente passagem pelo festival, onde deram mesmo um dos melhores espectáculos, certamente angariaram novos fãs e a exposição que o Vagos Open Air lhes concedeu, aumentará a popularidade do grupo em solo português.
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Uma aposta mais do que segura por parte da organização do Vagos Open Air, foi a inclusão dos Opeth no cartaz, fechando um dos dias do festival, como também aconteceu na terceira edição. Isto porque a banda tem uma enorme legião de fãs no nosso país, por isso o sucesso de bilheteira é garantido. Também é inegável que a adição de uma banda com a qualidade musical dos Opeth, é sempre uma mais-valia para o cartaz de qualquer festival, mesmo que seja uma repetição, e, este caso, não foi excepção à regra. Os seguidores da banda de Mikael Åkerfeldt acorreram em grande número ao evento e o concerto, aparentemente, dividiu opiniões. Houve quem se queixasse do alinhamento apresentado pelos suecos, mas uma banda com músicas longas como os Opeth, e com uma discografia vasta e riquíssima, nunca conseguirá tocar todos os temas favoritos dos fãs, por isso não poderá agradar a todos. Já em 2011, aquando da passagem do grupo pela Incrível Almadense, as queixas da setlist fizeram-se sentir, nessa vez muito por culpa dos vários temas do polémico "Heritage", que foram tocadas, preenchendo quase metade do espectáculo. No entanto, é inegável a mestria com que os Opeth tocam as suas músicas, o que faz com que qualquer concerto seja, no mínimo, muito bom. Åkerfeldt presenteou, novamente, o público português com o seu peculiar bom humor, entre os temas debitados, algo que já não surpreende quem viu Opeth. Uma boa novidade para os fãs, neste concerto, foi a banda ter tocado a velhinha "Demon of the Fall", um dos pontos altos de uma já forte actuação.
Texto por Mário Santos Rodrigues
Fotografia por Diana Fernandes
Agradecimentos: Prime Artists / Vagos Open Air
Agradecimentos: Prime Artists / Vagos Open Air