Black metal francês que não é esquisito é coisa para deixar qualquer um curioso. "Memento Mori" é o segundo álbum dos franceses Negation e apresentam-nos nove descargas (não contando com os quinze segundos da intro) de black metal como mandam as regras da segunda vaga: bruto, feio e mal disposto. "The True Enemy" é malhão para deixar qualquer fã de black metal agreste em sentido, já que concilia as melodias macabras que fazem parte do seu código genético com uma bateria que mais parece uma metralhadora da Segunda Guerra Mundial e uma voz sepulcral. Ou seja, tudo aquilo que faz falta no black metal.
É certo que o facto da bateria ser um constante de blastbeats faz com que "Memento Mori" sofra um pouco no departamento das dinâmicas, mas mesmo assim, não existem aqui muitas razões para que os fãs de black metal não gostem do que ouvem por aqui, até porque temas como "Sacrifice The Weak" e "Parasite Fail" ainda conseguem encaixar algumas variações que dão muito mais força aos temas em questão. No entanto, o grande trunfo deste trabalho é o quão clássico soa, como se fossem um cruzamento entre os melhores momentos dos Marduk ("Heaven Shall Burn When We Are Gathered") e Mayhem ("De Mysteriis Dom Sathanas").
Não se pense que o trunfo dos Negation é fazer-nos lembrar os tempos de glória desta ou daquela banda, ou até de todo um género. O trunfo é mesmo ter uma seríe de músicas que conseguem ser memoráveis mas não inteiramente descartáveis. Este é um álbum que apesar de cativar à primeira - para quem gosta de black metal, obviamente - continua a crescer audição após audição, sendo possível captar uma série de detalhes que da primeira passaram despercebidos. Independentemente do estilo, é assim que se separa o trigo do joio.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira
É certo que o facto da bateria ser um constante de blastbeats faz com que "Memento Mori" sofra um pouco no departamento das dinâmicas, mas mesmo assim, não existem aqui muitas razões para que os fãs de black metal não gostem do que ouvem por aqui, até porque temas como "Sacrifice The Weak" e "Parasite Fail" ainda conseguem encaixar algumas variações que dão muito mais força aos temas em questão. No entanto, o grande trunfo deste trabalho é o quão clássico soa, como se fossem um cruzamento entre os melhores momentos dos Marduk ("Heaven Shall Burn When We Are Gathered") e Mayhem ("De Mysteriis Dom Sathanas").
Não se pense que o trunfo dos Negation é fazer-nos lembrar os tempos de glória desta ou daquela banda, ou até de todo um género. O trunfo é mesmo ter uma seríe de músicas que conseguem ser memoráveis mas não inteiramente descartáveis. Este é um álbum que apesar de cativar à primeira - para quem gosta de black metal, obviamente - continua a crescer audição após audição, sendo possível captar uma série de detalhes que da primeira passaram despercebidos. Independentemente do estilo, é assim que se separa o trigo do joio.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira
