Já começa a ser um chavão começar críticas de bandas australianas com a frase “embora a Austrália não tenha tradição no metal”, portanto vamos fazer o máximo para que isso não aconteça desta vez. Ao segundo álbum, os Harlott demonstram uma urgência com o seu thrash metal que nos faz deslocar no tempo, até quando o estilo tinha um grandioso impacto impacto nos ouvintes. Ok, ok, a moda do thrash e do thrash retro faz com que este tipo de coisas se torne banal, no entanto, também terá que se valorizar quando apesar da oferta ser muita e os clássicos ainda mais, se tem um álbum tão acima da média como este “Proliferation”.
Os Harlott demonstram ter uma maturidade acrescida em relação à sua estreia, ainda assim mantém aquela ingenuidade que os clássicos de bandas como Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth, Exodus e Testament (entre muitos outros) tinham. Uma ingenuidade que depois de perdida fez com que algo ficasse a faltar nos seus consequentes trabalhos – não querendo dizer que a música ficou melhor ou pior. E nesse departamento, a qualidade é grande, como um álbum. Não temos uma ou duas músicas fortes com o resto apenas a cumprir espaço na rodela de CD de forma a justificar o preço de um longa duração.
Apesar de ter doze músicas – uma quantidade de músicas que até nem é tão old school como isso – este trabalho flui bem e sem dúvida que é um poço de energia para todos aqueles que não resistem a uma boa dose de headbang. Os que gostam dos solos de guitarra a ripar a 200 km/h também podem ficar satisfeitos porque este é um trabalho onde todas as regras básicas são muito bem tratadas e ainda apresentam verdadeiras músicas e não apenas a junção de riffs, leads, solos e voz a vociferar. Ritmicamente também é um trabalho fortíssimo mesmo que o baixo e a bateria não sejam particularmente evidenciados, tal como as fundações de um prédio não estão propriamente à vista mas são essenciais para a sua sustentação. “Proliferation” é um senhor disco de thrash metal – e cada vez mais a cena da Austrália começa a ficar bem composta…
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
Os Harlott demonstram ter uma maturidade acrescida em relação à sua estreia, ainda assim mantém aquela ingenuidade que os clássicos de bandas como Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth, Exodus e Testament (entre muitos outros) tinham. Uma ingenuidade que depois de perdida fez com que algo ficasse a faltar nos seus consequentes trabalhos – não querendo dizer que a música ficou melhor ou pior. E nesse departamento, a qualidade é grande, como um álbum. Não temos uma ou duas músicas fortes com o resto apenas a cumprir espaço na rodela de CD de forma a justificar o preço de um longa duração.
Apesar de ter doze músicas – uma quantidade de músicas que até nem é tão old school como isso – este trabalho flui bem e sem dúvida que é um poço de energia para todos aqueles que não resistem a uma boa dose de headbang. Os que gostam dos solos de guitarra a ripar a 200 km/h também podem ficar satisfeitos porque este é um trabalho onde todas as regras básicas são muito bem tratadas e ainda apresentam verdadeiras músicas e não apenas a junção de riffs, leads, solos e voz a vociferar. Ritmicamente também é um trabalho fortíssimo mesmo que o baixo e a bateria não sejam particularmente evidenciados, tal como as fundações de um prédio não estão propriamente à vista mas são essenciais para a sua sustentação. “Proliferation” é um senhor disco de thrash metal – e cada vez mais a cena da Austrália começa a ficar bem composta…
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
