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Varg - "Das Ende Aller Lügen / The End Of All Lies" Review


Os Varg (não confundir com as bandas que tocam black metal) não são um dos nomes óbvios do metal extremo alemão, apesar de ser uma banda que conta já com pelo menos dez anos de carreira. Este “Das Ende Aller Lügen / The End Of All Lies” é o seu quinto álbum de originais e mostra a banda na sua mistura muito própria entre o death metal mais moderno e melódico e uns certos tiques típicos de black metal (como a abordagem vocal) e de folk (também na voz, desta feita nas melodias de alguns refrões) faz com que seja uma sonoridade interessante de se ouvir embora também tenha uma certa dificuldade em se conseguir fixar alguma faixa em específico.

Existem alguns momentos que numa primeira audição se podem chegar à frente na questão da identificação.  Temos os coros e as passagens meio folk metal da “Streyfzug”, os ritmos cheios de groove e bem modernaços da “Achtung” que até não destoam do som da banda e a melodia da “Totentanz” acentuada pela voz feminina, são três bons exemplos daquilo que podemos encontrar neste trabalho que pelo título, como poderão ter reparado, está disponível em duas línguas diferentes. O alemão da língua natal e o inglês, mais abrangente e unificador. É um pouco difícil de dizer qual das versões é a melhor, até porque instrumentalmente, nada muda. É um pouco como avaliar o “Brasil” e o “Brazil” dos Ratos de Porão. Ambos têm as suas vantagens e as suas vantagens, embora seja a edição nacional a que tem mais força.

Aqui acaba por ser um pouco isso também, embora existam algumas faixas que se mantém no seu dialecto original. Se o inglês nos é mais natural aos ouvidos, em termos musicais e de forma surpreendente, é a versão alemã que acaba por soar mais natural, embora seja óbvio que a introdução “Der Große Diktator” soe bem melhor na soar bem melhor na sua versão original em inglês “The Great Dictator” já que se trata de um trecho, o mais marcante do discurso final de Charlie Chaplin no clássico intemporal do cinema “O Grande Ditador”. As duas versões tem as suas vantagens mas nenhuma consegue fazer com que este trabalho seja inesquecível. Ainda assim, um álbum agradável.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira