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Resurrection Kings - "Resurrection Kings" Review



Quando se fala de lançamentos da Frontiers, normalmente fala-se de hard’n’heavy (ou AOR/Rock FM) de qualidade ou então de super-projectos, super bandas. No caso dos Resurrection Kings, temos um dois em um. Assim sendo temos o cantor Chas West (que alguns poderão não reconhecer o nome mas se falarmos em bandas como Tribe Of Gypsies e Lynch Mob, as coisas de certeza que ficam mais claras), Craig Goldy (ex-guitarrista de Dio, além de colecionar presenças nos Rough Cutt, Dio Disciples e nos Giuffria), Sean McNabb(baixista nos Dokken e Great White) e Vinnie Appice (baterista que marcou presença na banda do Dio assim como nos Black Sabbath e Heaven & Hell). Ou seja, uma trupe do caraças.

E com uma colecção de cromos assim, não é de espantar que o resultado final seja algo que valha a pena recordar em muitos futuros próximos, mas foquemo-nos no presente porque é agora que vamos ouvir esta estreia auto-intitulada até ficar gasta. Dá ideia que isso também vai demorar um pouco a acontecer pelo que… tanto melhor. Temos hard’n’heavy de qualidade no qual a referência a Dio é mais que óbvia a nível instrumental – uma música como “Who Do You Run To” poderia muito bem estar em álbuns como “Lock Up The Wolves” ou “Sacred Heart” – no entanto, a voz de West aponta numa direcção completamente diferente e esse ponto poderá causar alguma estranheza.

Uma voz mais quente, mais melódica, típica de algo mais hard rock FM do que propriamente o timbre inconfundível da mítica e eterna Voice of Metal como ficou conhecida. Por muito que alguns gostem de empolar a coisa, esta é apenas uma questão de fundo, porque as músicas são realmente boas e esta roupagem mais hard rock encaixa muito bem. É uma entidade totalmente diferente cujas semelhanças com o passado de Dio, na nossa opinião, fazem mais bem que propriamente mal. É um álbum que apesar de não ser algo que se assuma com potencial para se tornar clássico, poderá muito bem suportar o teste do tempo sem dificuldades.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira