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Blaze - "Endure and Survive (Infinite Entanglement Part II)" Review


Blaze Bayley é um nome que veremos sempre associado aos Iron Maiden e talvez, os anos em que esteve como frontman desses gigantes do Metal, tenham sido o apurar de sentidos e aptidões que Blaze tem e que conferem a este segundo disco da triologia “Infinite Entaglement", provavelmente, um dos melhores trabalhos já realizado por ele.

“Endure and Survive” mostra-nos um registo mais obscuro que o seu antecessor, com muitas influências de Power Metal, não sendo estas nada estranhas para Blaze e para a banda que lhe serve de suporte, os Albsolva, que acabam por ter um trabalho essencial neste registo, onde Chris Appleton se destaca como produtor.

Bayley é nitidamente um admirador de aventuras Sci-fi e isso reflecte-se nos seus trabalhos. “Endure and Survive” e “Escape Velocity” são os dois primeiros registos deste disco e onde se notam bem muitas influências da “Dama de Ferro” e dos tempos que Blaze por lá passou, dois temas bem construídos, com riffs que entram bem no ouvido, refrões encorpados e onde se nota que Bayley (não sendo um Dickinson) tem um grande contributo vocal é uma das boas vozes do cenário metaleiro mundial.

Tema após tema vamos descobrindo um disco bem pensado, construído à volta da voz de Blaze, sendo que temas como “Blood”, “Dawn of the Dead Son”, Fight Back” ombreiam em qualidade com os primeiras duas músicas. “Destroyer”, “Eating Lies”, “The World is Turning the Wrong Way” são temas menos electrizantes, mas que não ficam nada mal no alinhamento.

Não fosse este um disco cuja génese é a ficção científica e “Remember” transportar-nos-ia para o convés de um qualquer navio pirata, com as suas influências Folk, um tema que destoa dos restantes mas que cabe na perfeição na história deste álbum. 

“Together We Can Move the Sun” encerra o álbum, sendo este o tema ao qual cabe fazer as honras de embalar o ouvinte, talvez com o intuito de nos deixar a pensar no que acabámos de ouvir.

Blaze Bayley consegue com este segundo capítulo da trilogia um bom registo, bem tocado, bem composto, bem produzido e abre-nos o apetite para o seu sucessor que, se seguir a mesma linha, podemos esperar mais um álbum forte.

Nota: 8.3/10

Review por Hugo Félix