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Entrevista aos Nitrogods



A banda alemã Nitrogods está prestes a lançar o seu terceiro álbum “Roadkill BBQ” através Steamhammer /SPV GmbH e a Metal Imperium teve uma conversa com o Henny para saber mais pormenores.


M.I. – Fala-nos sobre os Nitrogods e porque se formaram, sabendo que sempre estiveram em bandas… o que vos fez decidir que querias ter a vossa própria banda?

Formámos os Nitrogods, porque estávamos fartos das bandas em que tocávamos. Não queríamos estar numa banda tipo empresa. Foi uma questão de valores. Quando comecei a tocar guitarra aos 13 anos, queria uma banda de amigos que escreveriam música juntos nos ensaios e gostariam de estar juntos. Foi uma resposta à indústria rock/metal comercial de hoje em dia.


M.I. – A banda já lançou dois álbuns “Nitrogods” e “Rats and Rumours”… o novo álbum “Roadkill BBQ” será lançado daqui a alguns dias. O que se pode esperar?

É um álbum de old school Rock´n Roll na onda  de bandas como Motörhead, Status Quo, Rose Tattoo. Nada extravagante e nada de merdas.


M.I. – Todos os vossos álbuns têm uma caveira. Qual o seu significado?

É o nosso logótipo… a caveira do motard com as pistolas cruzadas.


M.I. – Considerando o título, pode assumir-se que esta é a banda sonora perfeita para um churrasco?

Eu aconselho-o vivamente! Pelo menos, para um churrasco de motards! 


M.I. - “Roadkill BBQ” inclui 12 temas e 2 temas extra. Qual o teu preferido e porquê?

É difícil de responder, porque gosto de praticamente todas. Usámos o sistema de voto para decidir os temas que iriam integrar o álbum. Gosto muito de blues. Talvez o meu preferido seja “The price of liberty”.


M.I. – De que tratam os vossos temas? Quem os escreve?

Escrevemos todos. As nossas letras são sobre as nossas experiências ou sobre o que achamos ser importante mencionar, que costuma ser algo que  nos aconteceu na estrada ou acontecimentos do mundo.


M.I. – A versão boxset inclui um “Tribute to Lemmy” com os temas “Overkill”, “Bomber”, Ace of Spades” and “Iron Fist”… porquê estes em particular? 

Ser fãs de Motörhead é algo que nos une. Apreciamos particularmente o Fast Eddie e a era do Filthy Taylor, por isso escolhemos estes temas.


M.I. – Prestas atenção ao que os media escrevem/dizem sobre os Nitrogods?

Sim. Nem sempre é simpático, especialmente aqui na Alemanha.


M.I. – Qual o lema de vida dos Nitrogods?

Nós não temos lema de vida, mas apreciamos a lealdade e pessoas de palavra.


M.I. – Dizeis que sois uma banda sem tretas. Achas que há muitos músicos que fingem ser algo que não são?

Sim e, nas últimas décadas, piorou muito. Penso que só uma minoria das pessoas neste negócio é verdadeira.


M.I. – Na página oficial diz que se deve saber sobre Nitrogods é que “Atitude foi uma das razões para a formação da banda e outra razão foi a pura luxúria ao tocar música e orgulho por manter as coisas reais." Porquê atitude, luxúria e orgulho?

Porque é preciso atitude para enfrentar a indústria da música. Eu poderia ter escolhido o caminho mais simples e ido com a maré se só estivesse interessado em ganhar dinheiro. Mas essa não é a nossa motivação. Somos um grupo de idealistas e temos orgulho de termos chegado até aqui com o nosso esforço.


M.I. – Vocês gostam de gravar à moda antiga. Também foi assim com a gravação do terceiro álbum “Roadkill BBQ”? 

Sim. Gravámos novamente numa mesa analógica com um conjunto de microfones e equipamentos vintage. Gostamos muito desse tipo de som. A única diferença para o último álbum é que este não foi gravado nem masterizado em cassete. 


M.I. – Os membros da banda já tocaram com grandes bandas e grandes músicos. O que aprendeste com eles?

Que não queríamos fazer mais parte disto.


M.I. – Os Motörhead são os vossos ídolos... que idade tinhas quando ouviste a sua música pela primeira vez? 

Crescemos com os Motörhead desde o primeiro álbum em 1977 até ao ultimo. Toquei com eles com a minha primeira banda Thunderhead numa tournée britânica em 1989. O Oimel e o Klaus tocaram com Fats Eddie numa banda chamada Bastards.


M.I. – Que impacto teve a vida e a morte do Lemmy em ti, como pessoa e como músico?

Foi uma das maiores influências na minha vida. Não foi por causa dele que comecei a tocar guitarra mas acho que foi uma das pessoas mais simpáticas e fixes da indústria musical. Acredito que foi um modelo para muita gente, tal como para mim. 


M.I. – Quais os planos futuros dos Nitrogods?

Esperamos que o novo álbum tenha boa aceitação. Se pudesse escolher um desejo, gostaria de tocar mais em países europeus. 


M.I. – Vós sois muito grandes, especialmente na Alemanha e os vossos concertos são quase todos nesse país. É por os fãs alemães serem os melhores ou por vocês serem alemães? 

Não sei. Gostaria de tocar mais na Europa. Talvez seja mais difícil repararem em nós fora da Alemanha.


M.I. – Na tua opinião, quais são as melhores coisas da vida?

A família e os amigos. Depois disso, vem a música.


M.I. – Quando é que os Nitrogods virão a Portugal tocar old school hard rock?

Espero que seja em breve, porque já estamos prontos! 


M.I. – Deixa uma mensagem aos leitores da Metal Imperium. Obrigada pelo teu tempo e continua a rockar! 

Apoiem as vossas bandas favoritas. Comprem CDs e vão a concertos para ajudarem a manter a cena viva!

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Entrevista por Sónia Fonseca