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Ethernity - “The Human Race Extinction” Review


 A faixa de introdução deste novo disco dos Ethernity emerge-nos num mundo de ficção científica, que nos é apresentado pelos teclados de Julien Spreutels e pela voz de Julie Colin. Com efeito, o tema título recorda tanto a sinfonia dos Dream Theater como as harmonias vocais dos Epica, a invocar um coro de orquestra, com a música a servir de pano de fundo perfeito para as letras invocativas de um apocalipse. O solo do guitarra Francesco Mattei seguido de um solo de teclados, no entanto, parecem encostar este lançamento à estrutura dos temas mais curtos do Dream Theater.

O terceiro tema, “Mechanical Life”, mais uma vez, remete para os Dream Theater na sua fase pesada, com a voz de Julie Colin a recorrer, de forma louvável e emotiva, a vários registos. Assim, chegamos ao single com direito a vídeo, “Grey Skies”, que se aproxima dos Epica em termos de sonoridade, sendo de destacar o interessante uso de teclados, que se adaptam perfeitamente a cada secção do tema e o groove da bateria e guitarra rítmica a recordar Static-X.

A sensação que a faixa “The Human Race Extinction” deixa, é a de que esta segue uma fórmula dentro de determinados géneros, do metal sinfónico (Nightwish, por exemplo), ao progressivo (Dream Theater), mas que falha em quebrar o molde daqueles géneros. Por exemplo, a sequência de solo instrumental-refrão perto do final de "Beyond Dread" é repetida em diversos pontos do álbum, não havendo uma quebra da fórmula base da estrutura dos temas.

Por outro lado, a utilização competente dos instrumentos dentro dos temas é o que capta a atenção do ouvinte, note-se na introdução de piano em “Artificial Souls”. A utilização de sons electrónicos na introdução de “Redefined” é outro ponto alto. Os coros em “Rise of Droids” recorda-me, por exemplo, do ponto alto de outro disco, mais precisamente “The Forest that Weeps” de “The Forest Seasons” dos Wintersun; o mesmo se pode dizer do dueto entre o piano e a voz em “Warmth of Hope”.

A ausência de variações a nível de dinâmica, torna “The Human Race Extinction” numa viagem interessante de ouvir de uma vez seguida, mas sem pedir repetidas audições, em especial devido à falta de sensação de novidade na música e à extensão do álbum em si. No entanto, existem indícios e espaço para uma evolução de uma banda que apenas vai no seu terceira longa duração.

Nota: 6/10

Review por Raúl Avelar